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Vaccines

C&EN em Português

Vacinas para COVID-19 avançam para a fase de ensaios clínicos

Testes de 10 ou mais novas vacinas podem começar até meados de maio

by Ryan Cross
April 20, 2020 | A version of this story appeared in Volume 98, Issue 15

A photo of scientists at Inovio’s R&D site in San Diego.
Credit: Inovio Pharmaceuticals
Cientistas da unidade P&D de San Diego da Inovio.

Acesse todo o conteúdo em português da C&EN em cenm.ag/portuguese.

Em ritmo frenético, desenvolvedores de medicamentos estão colocando suas vacinas experimentais da COVID-19 em fase de ensaios clínicos. Ensaios para cinco dessas vacinas já começaram na China. Duas estão sendo testadas nos EUA, com uma terceira programada para começar este mês. Além disso, ensaios de mais duas devem começar no Reino Unido e na Austrália nas próximas semanas.

“Tudo, da ciência básica à ciência clínica, está avançando a uma velocidade inédita - o que é bastante oportuno, dada a grave natureza da atual crise global”, diz Dan Barouch, diretor do Centro de Pesquisa em Virologia e Vacinas do Beth Israel Deaconess Medical Center e da Harvard University School of Medicine.

A Organização Mundial da Saúde afirma que existem pelo menos 70 vacinas da COVID-19 em desenvolvimento, embora cientistas da Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) já contabilizaram 115.

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A Moderna foi a primeira a iniciar os testes clínicos de uma vacina da COVID-19, apenas 66 dias após o sequenciamento genético do SARS-CoV-2. A empresa de biotecnologia espera que sua vacina possa ensinar nosso sistema imunológico a reconhecer, buscar e destruir a proteína spike do SARS-CoV-2, que o vírus usa para infectar células humanas.

Em 16 de abril, a Moderna anunciou ter recebido promessa de ajuda no valor de até USD 483 milhões da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado em Biomedicina dos EUA para acelerar o desenvolvimento da vacina. A empresa disse que vai contratar até 150 funcionários nos EUA este ano, incluindo pessoal que possibilite a expansão da produção para tempo integral. A Moderna já começou a fabricar o RNAm para uso em possíveis ensaios clínicos de Fase II e III antes da conclusão da Fase I. A Fase III pode começar até o outono.

A maioria dos desenvolvedores de vacinas está empregando essa mesma estratégia, embora com o uso de tecnologias diferentes. A Moderna codifica instruções genéticas para produzir a proteína spike no RNA mensageiro (RNAm). A CanSino Biologics, que começou um ensaio clínico na China no último mês de março, codifica a spike em um vírus de resfriado comum com engenharia genética, chamada de vacina de vetor adenoviral. Já a Inovio Pharmaceuticals, que iniciou um ensaio clínico em abril nos EUA, codifica a spike em um pedaço circular de DNA.

As três empresas conseguiram avançar rapidamente pois suas vacinas contam com nossas próprias células na produção de proteínas spike virais com um conjunto de instruções genéticas. Tanto a Inovio quanto a Moderna nunca desenvolveram vacinas comerciais, o que faz com que alguns especialistas também sugiram que vacinas da COVID-19 sejam desenvolvidas por meio de abordagens comprovadas, embora mais lentas.

A Sanofi tem um plano para atender a essa necessidade. A empresa está desenvolvendo uma vacina da COVID-19 baseada em proteínas spike do SARS-CoV-2, produzidas em células de insetos com engenharia genética - o mesmo processo que ela usa em sua vacina comercial contra a gripe, a FluBlok. Em 14 de abril, a GlaxoSmithKline se juntou à Sanofi e se comprometeu a fornecer seu adjuvante de vacina, o AS03, que contém moléculas capazes de mexer com o sistema imunológico e aumentar a potência da vacina. Ensaios clínicos começarão ainda este ano, e as empresas esperam ter uma vacina à disposição no segundo semestre de 2021.

É a primeira vez que duas gigantes do setor se unem para desenvolver uma vacina da COVID-19. Ao ouvir a notícia, analistas de ações da SVB Leerink escreveram: “Enfim, uma colaboração!” Em sua nota a investidores, eles chamaram a colaboração de “um dos programas de vacina mais promissores do momento”, já que conta com o apoio de duas das maiores desenvolvedoras de vacinas. Além disso, diferentemente das vacinas de DNA e de RNAm, a tecnologia usada já serve de estrutura a uma vacina aprovada. Contudo, os analistas ainda estão céticos em relação ao cronograma ambicioso.

Vários ensaios clínicos já começaram na China. A Sinovac Research and Development e o China National Pharmaceutical Group estão testando vacinas que usam o SARS-CoV-2 inativado. O Shenzhen Genoimmune Medical Institute iniciou ensaios clínicos de duas vacinas baseadas em células imunológicas geneticamente modificadas para ter como alvo a proteína spike do SARS-CoV-2. A CanSino está se preparando para um estudo de Fase II de sua vacina, o que pode oferecer evidências de que a abordagem está funcionando.

No Reino Unido, a Universidade de Oxford se prepara para iniciar um ensaio clínico com 500 pessoas este mês. Metade receberá sua vacina de vetor adenoviral, enquanto a outra receberá um placebo. A Johnson & Johnson trabalha em sua própria vacina de vetor adenoviral com o laboratório de Barouch, em Harvard, e com o governo dos EUA, com um ensaio clínico programado para começar em setembro.

Pelo menos mais cinco vacinas de RNAm devem entrar na fase de testes clínicos este ano. A BioNTech e a Pfizer planejam iniciar seus ensaios até o final de abril. Em separado, a Novavax diz que vai começar os ensaios clínicos de sua vacina de nanopartículas em meados de maio na Austrália.

Em 9 de abril, a Organização Mundial da Saúde anunciou que planeja um estudo internacional, o ensaio de vacinas SOLIDARITY, que vai avaliar e comparar diversas vacinas da COVID-19 em um braço único com placebo.

Essas traduções são parte da colaboração entre C&EN e a Sociedade Brasileira de Química. A versão original (em inglês) deste artigo está disponível aqui.

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