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Uma revisão sistemática dos testes de anticorpos da COVID-19 levantou preocupações sobre a baixa qualidade dos resultados que eles oferecem durante os estágios iniciais da doença (Cochrane Database of Syst. Rev. 2020, DOI: 10.1002/14651858.CD013652).
A primeira fase da revisão em andamento analisou 54 estudos de testes de anticorpos publicados antes do final de abril, que se baseavam principalmente nos resultados de pacientes hospitalizados na China. Cerca de 61% dos estudos envolveram métodos baseados em laboratório, como o ELISA, e o restante foi realizado com kits de teste portáteis que dependem de tiras de fluxo lateral.
A revisão constatou que esses testes ofereciam sensibilidades muito diferentes, o que significava que variavam em sua capacidade de fornecer um resultado positivo genuíno. No entanto, essa variação não é necessariamente em virtude da qualidade dos testes, diz Jonathan J. Deeks, da Universidade de Birmingham, principal autor da revisão: “Ela é amplamente motivada pelo momento em que as amostras são coletadas dos pacientes.”
Os testes realizados durante a primeira semana dos sintomas da COVID-19 identificaram apenas uma média de cerca de 30% de casos positivos. Após 2 a 4 semanas, os mesmos testes captaram 90% de casos.
A equipe de revisão solicitou estudos maiores e mais rigorosos de testes de anticorpos em pacientes com sintomas mais leves e em pessoas cujos sintomas apareceram mais de 1 mês antes do teste. Estudos de anticorpos mais recentes serão incluídos na revisão nos próximos meses.
A revisão está sendo coordenada pela Cochrane, uma instituição de caridade sediada no Reino Unido, reconhecida por suas avaliações de intervenções em saúde.
Essas traduções são parte da colaboração entre C&EN e a Sociedade Brasileira de Química. A versão original (em inglês) deste artigo está disponível aqui.
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